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Outubro Rosa: A importância da prevenção ao câncer de mama

Atualizado: 10 de nov. de 2021

No início deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta. O câncer de mama tornou-se o tumor maligno com maior índice de diagnóstico no mundo, com 2,3 milhões de casos registrados em 2020, correspondendo a 11,7% do total de todos os casos de câncer no mundo.

O mesmo estudo mostrou que o número de mulheres diagnosticadas com a doença nos últimos cinco anos foi estimado em cerca de 8 milhões no ano passado, maior do que qualquer outro tipo de câncer.

Porém, nos estágios iniciais da doença, o tumor pode ser muito pequeno, menor que um centímetro, caso em que a doença só pode ser detectada por exames de imagem. Portanto, é importante que as mulheres visitem um ginecologista pelo menos uma vez por ano e façam check-ups regulares.

A conscientização sobre o câncer de mama e o investimento em novas pesquisas sobre o tema têm contribuído para muitos avanços no diagnóstico e tratamento da doença. Segundo especialistas, esses dados revelam duas certezas: o câncer de mama se desenvolveu, mas os tratamentos que podem curar ou melhorar a qualidade de vida das pacientes também estão evoluindo.

O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas. Conheça os principais tipos de tumor:

Carcinoma ductal:

Este tipo de câncer é o mais comum diagnosticado em mulheres. Ele originalmente tem seu inicio no duto de leite e pode chegar a invadir a parede muscular do mesmo para chegar ao tecido adiposo da mama.

Ele se divide em 5 estágios de gravidade. Sendo classificados assim do grau mais leve(com chance de 98% de cura) ao grau mais grave( afetado pela metástase).

Seu tratamento pode ser realizado de duas formas, podendo diferencia-las através do tipo de tumor que tiver.

O carcinoma ductal não invasivo apenas a mastectomia (cirurgia para a retirada da mama infectada) costuma ser o suficiente para proporcionar uma alta taxa de cura e em seguida se por desejo da paciente a reconstrução da mama pode ser realizada e no local da gordura da mama retirada será colocado um implante de silicone.

O carcinoma ductal invasivo já requer um tratamento mais agressivo, além da mastectomia radical, será necessário sessões de quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal determinadas pelo médico. É possível também que neste caso o câncer já tenha se espalhado para a região das axilas, que precisarão ser removidas através de uma outra cirurgia.

Carcinoma lobular:

Ele é o segundo tipo de tumor de mama mais comum nos casos( sendo cerca de 15% deles). Suas principais características são as dificuldades para identificar nos exames de mamografia precisando assim fazer um exame de ressonância das mamas e até em alguns casos á biopsia chega a ser necessária, e a sua grande resistência á quimioterapia pelo fato de já existir vários focos do tumor na mama, mesmo ele estando em fase inicial.

Seu tratamento consiste em realizar uma cirurgia chamada quadrantectomia, quando o cirurgião conserva a mama só removendo a parte infectada. Este processo tem a mesma eficácia da mastectomia tendo assim um menor dano físico e psicológico.

Como sua resposta para a quimioterapia na maioria dos casos é relativamente baixa , depois da cirurgia o indicado seria fazer o tratamento de radioterapia mais intensivo e também o uso de bloqueadores hormonais.

Quando falamos em câncer de mama, muitas pessoas associam seu desenvolvimento à hereditariedade e a fatores de risco, como mulheres com histórico familiar de câncer e velhice. No entanto, esta informação não implica um diagnóstico pré-determinado da doença, não podemos generalizar, cada organismo é especial e tem comportamentos diferentes.

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Foto: Alejandro_Munoz/Shutterstock

Veja alguns fatores associados a um risco aumentado de câncer de mama:

  • Ser mulher: apesar de ser possível homens terem câncer de mama, mulheres têm maiores chances de desenvolverem a doenças.

  • Hereditariedade: pacientes que têm a doença no histórico familiar têm maior risco de também a desenvolverem;

  • Mutação genética: certas mutações genéticas que aumentam o risco do câncer de mama podem ser passadas de pais para filhos.

  • Histórico pessoal: se a paciente já foi diagnosticada com câncer de mama em um dos seios, há maiores chances do desenvolvimento do tumor na outra mama;

  • Exposição à radiação em tratamentos no peito quando criança ou jovem adulto;

  • Nunca ter engravidado ou ter passado pela primeira gestação após os 30 anos;

  • Uso de medicamentos de terapia hormonal pós-menopausa;

  • Entrada na menopausa em idade avançada;

  • Consumo de bebidas alcoólicas.

  • Primeira menstruação precoce;

  • Avanço da idade;

  • Obesidade;

O autoexame das mamas é aplicável a todas as mulheres com mais de 20 anos. Como os seios podem inchar antes e durante a menstruação, é recomendável fazer um exame 7 dias após o início do sangramento. Para as mulheres na menopausa, o ideal é escolher uma data fixa todos os meses.

O autoexame completo é realizado em três etapas: observação diante do espelho, apalpação no banho e apalpação deitada.

Aprenda a realizar cada uma delas:

1. Observe na frente do espelho:

- Tire a camisa e o sutiã, fique em frente ao espelho com as mãos nos quadris;

- Verifique o tamanho, a forma e o contorno da mama;

- Procure alterações na pele da mama, aréola ou mamilo;

- Verifique se o sutiã deixa marcas apenas em um dos seios, indicando inchaço;

- Coloque os braços ao lado do corpo e olhe para os seios;

- Levante o braço e procure alterações.

2. Fique no chuveiro e toque:

- Mantenha a coluna reta, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e os cotovelos para cima;

- Deslize a mão direita sobre o seio esquerdo e sinta-o com a ponta dos dedos;

- Faça movimentos circulares com firmeza, mas não cause desconforto ou dor, comece pela axila e vá em direção ao mamilo;

- Durante a palpação, verifique se há áreas densas ou caroços;

- Faça o mesmo movimento circular na região da axila, prestando atenção se há nódulos palpáveis;

- Pressione suavemente o mamilo para verificar se há algum líquido de origem desconhecida;

- Mude a posição do braço, coloque a mão direita atrás da cabeça e repita este passo.

3. Se apalpe deitada:

- Se deite na cama, coloque um travesseiro embaixo do ombro e leve a mão para trás da cabeça;

- Com a outra mão, apalpe a mama esquerda e faça movimentos circulares com a ponta dos dedos, verificando a presença de anormalidades;

- A taxa de cura do câncer de mama diagnosticado precocemente chega a 95%. Portanto, é muito importante fazer os exames de rotina em tempo hábil. Para mulheres com mais de 40 anos, é muito importante fazer a mamografia preventiva todos os anos, pois é considerada um dos procedimentos mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama.

A aposentada Rosa Maria Alves, de 57 anos , enfrentou por dois anos o tratamento contra o câncer de mama. “ Quando recebi o diagnostico foi um choque e o chão se abriu embaixo dos meus pés. Por mais que eu realizava todo ano a mamografia, o tumor conseguiu se alojar por 3 anos em meu corpo sem ser sentido”. Seu tratamento consistiu em uma cirurgia quarantectomia, quatro sessões de quimioterapia e 12 de radioterapia:

"Meus fios de cabelo foram caindo aos poucos, logo após a segundo sessão de quimioterapia, então logo decidi raspar tudo, esse foi um momento muito especial para mim, foi ali que caiu a ficha de que estava em uma luta constante contra meu psicológico” - relata Rosa Maria.

Por fim, Rosa recebeu a noticia que todos os pacientes esperam ela estava totalmente curada e poderia enfim encerrar esta batalha. “ Não tenham medo e enfrentem toda essa jornada de cabeça erguida, todo seu esforço ele vai valer a pena, você vai estar viva para presenciar esta vitória. Não desista”.

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